A pandemia trouxe uma transformação digital surpreendente no setor de educação. Mesmo assim, mais de 30 por cento das crianças em todo o mundo não conseguem acessar plataformas de aprendizagem remotas, de acordo com a UNICEF. A lição? O mundo precisa de mais salas de aula. Para fechar a lacuna, a Thinking Huts trouxe uma nova perspectiva, revelando planos no início deste ano para criar uma das primeiras escolas impressas em 3D do mundo.
Criada em parceria com a Hyperion Robotics e o escritório de arquitetura Studio Mortazavi, a escola — completa, com toda a estrutura básica, instalação elétrica e hidráulica — será construída em menos de uma semana e com mão de obra qualificada limitada.
O piloto foi inicialmente programado para ser concluído em dezembro no campus da Ecole de Management et d'Innovation Technologique, em Fianarantsoa, Madagascar. Mas a pandemia afetou esse plano, e o Thinking Huts deve agora fechar uma lacuna de US$ 180.000 no financiamento do projeto. Maggie Grout, que começou a organização sem fins lucrativos há seis anos, quando tinha 15 anos, tem um plano de adaptação.
Para manter os custos baixos, a equipe irá adquirir localmente o material de impressão 3D, o que também reduzirá a pegada de carbono do projeto. E o projeto apresenta uma configuração em colmeia que permite a fixação de várias escolas, com recursos ecologicamente corretos, como fazendas verticais e painéis solares.
A equipe planeja iterar além do projeto-piloto e até mesmo além de Madagascar, prevendo uma troca ativa de ideias entre várias unidades por meio de um portal on-line. O objetivo final: acabar com as disparidades educacionais e tornar a educação de qualidade mais acessível por meio do pensamento criativo.
CANTO SUPERIOR ESQUERDO, IMAGEM DE CORTESIA DA PANDORA INC. EM CIMA, FOTOS DE CORTESIA DE VEÍCULOS AÉREOS HÍBRIDOS. CANTO INFERIOR DIREITO, IMAGEM DE CORTESIA DO STUDIO MORTAZAVI
“A educação está na raiz do enfrentamento de muitos problemas atuais do mundo, como desigualdade, epidemias de saúde e crescimento econômico”, disse Maggie. “Para cruzar a fronteira, devemos abraçar a inovação”.
